segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Flogose LXXXI

As noites são umas coisas incríveis. Elas nos fazem pensar (pelo menos em mim tem esse efeito) de um modo tão inconstante que facilita à inspiração. Numa destas noites, enquanto lia Florbela Espanca, me peguei pensando e resolvi escrever. Não foi algo tão natural, pois tive ajuda de uma fada inspiradora, que fez desabrochar as rosas cálidas das minhas inspirações. Pensar na vida não parece (não é!) nada fácil. Escrever sobre a vida é algo bem mais difícil, pois remete a muitas coisas e parece que o cérebro não quer parar de contextulizar coisas e coisas. O que é a vida? Eu não sei! Nem vou tentar responder, já isso está muito além do que preciso saber para viver. E é bem mais fácil viver, que tentar entender o que chamamos vida. Mas a vida é um presente e deve ser vivida como e no presente, pois do contrário se perde muito! Há dias díficil, mas isso acontece com todos... De príncipes a miseráveis, cada um no seu contexto, embora aconteça mesmo. Assim pensei sobre isso de vida e saiu: Vida
"E ser-se novo é ter-se o Paraíso É ter-se a estrada larga, ao sol, florida, Aonde tudo é luz e graça e riso!" (Florbela Espanca)
(---) Que saudade! Que vida sofrida. Ser-se novo é ter-se o mundo É ter-se o encanto de uma vida. E tão logo, logo me confundo Se vivo muito, muito vivo contente! Se morro, não choro, sou infecundo. - A vida é bela, diz o confitente E sorri alegremente por descobrir Que é também um expoente. E a vida é um grandioso sorrir! Uma valsa de três notas em harmônia... Uma diz nasça, outra viva: vá sentir... A última nota é ponto, extrema algia! Mas só vivendo é que se aprende A dar importância à vida, à alegria. E chora a carola, tão mais fremente Do que chora a criança recém-nascida Aquela por conhecer, um incidente... Um incidente que chamamos partida... E esta chora, junto à mãe, por conhecer O incidente a que chamamos vida.
A vida é algo sem preço. Alguns dizem que o Diabo compra, disso eu não sei, mas sei que se está vivo tem que viver e se tem que viver viva da melhor forma, pois a morte nos puxa, com sua corda chamada tempo, a cada dia que passa.

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