quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Sentido!

A noite cai e sinto um desejo incontrolável de ouvir sua voz. Ouvir-te dizer que o dia foi duro, e que amanhã tudo será melhor! Ouvir sua voz aguda a sussurar-me que sentiu minha falta, e eu a dizer-te que daria tudo para te abraçar nesse exato momento. A noite corre céu a dentro, a lua corta o horizonte... as estrelas brilham intensamente, e brilham como pérolas... Só não brilham mais, não são mais intensas, que os gritos que ecoam do horizonte de mim! Se me rasgares, pois, o peito há de encontrar vosso nome esculpido em cada minusculo pedaço do meu coração.

As horas voam, e voam os pensamentos na exata amplitude daquela. E a única coisa que se ouve nessas ondas internas são meus desejos de sua voz. Penso-te, e procuro sua voz em cada som que ouço. Procuro suas palavras em cada sopro. Procuro-te em cada sol, e choro-te em cada lua. Convalesço com a noite que destoa de mim na mesma proporção que te clamo.

Sinto um aperto no peito;
Um desalento me consome;
As flores, o céu, as nuvens esparsas;
Tudo me lembra o teu nome.
Tudo me lembra as tuas falas.

Que sentimento é este que me corrompe à noite, e me faz desfalecer. Sentir-me embriagado de tal modo que nada há que possa me abater ou me alegrar. Por que me sinto tão fora de mim? Por que me sinto tão perto de ti? Já não vejo sentido nos sentidos; Minhas razões padeceram, quando teus olhos encontraram-se aos meus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário