Folhas vazias. Quarto escuro.
Eis o que se vê,
ou não se crê!
insípido futuro!
Inquietação constante, irritável.
Quem come o que sonha?
Quem não sonha?
Cadê o movimento reprovável?
Da escuridão a luz é maior,
mais brilhante e mais bonita.
Porém, conhecer o pior
e nada fazer é vida aflita.
Olhar vazio em mente quebrada.
Pensamento descosturado,
Não desconstrói o passado,
nem muda a vida desgastada.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2018
quarta-feira, 14 de novembro de 2018
Fruto
Eis-me como um fruto,
que completamente amadurecido,
desprende-se d'onde nascido,
e cai... no sofrer arguto.
E cai, por que deve cair,
aprendendo com o desabamento.
Revivendo a dor e o termento,
que é sentir-se emergir.
E fruta d'uma árvore celestial,
que, para tornar-se madura,
deve abandonar o umbilical
galho teso que lhe segura,
pois amarelar é sempre vital,
para seguir a curta aventura.
que completamente amadurecido,
desprende-se d'onde nascido,
e cai... no sofrer arguto.
E cai, por que deve cair,
aprendendo com o desabamento.
Revivendo a dor e o termento,
que é sentir-se emergir.
E fruta d'uma árvore celestial,
que, para tornar-se madura,
deve abandonar o umbilical
galho teso que lhe segura,
pois amarelar é sempre vital,
para seguir a curta aventura.
sexta-feira, 9 de novembro de 2018
É tarde
É tarde, e ninguém vê o sol.
É tarde, e nada resplandece.
É tarde, e se sabe... adoece.
É tarde, e nada n'um arrebol.
É sempre tarde, esqueceu!
É sempre tarde, que mania.
É sempre tarde, vai... espia...
É sempre tarde, escureceu.
É tarde demais, não vá atrás!
É tarde demais, já se encerrou.
É tarde demais, tanto faz.
É tarde rapaz, o tempo passou,
É tarde rapaz, a vida acabou,
É tarde rapaz, que "aqui jaz"...
É tarde, e nada resplandece.
É tarde, e se sabe... adoece.
É tarde, e nada n'um arrebol.
É sempre tarde, esqueceu!
É sempre tarde, que mania.
É sempre tarde, vai... espia...
É sempre tarde, escureceu.
É tarde demais, não vá atrás!
É tarde demais, já se encerrou.
É tarde demais, tanto faz.
É tarde rapaz, o tempo passou,
É tarde rapaz, a vida acabou,
É tarde rapaz, que "aqui jaz"...
quinta-feira, 8 de novembro de 2018
Superlativos
Desmontava abstratos alheios,
princípios em plumas pruridas,
Recordações, terras túmidas,
enleios, enleios, enleios...
Recôndito numa imensidão
de tudo e nada... e mais além.
Ora doce... argúcia refém,
Ora acre... juízo perdição.
Tudo, e tudo, e tudo... Alguém?
Verbo indefeso, ileso, teso...
Aqui, onde chove e cerzem,
Bocejos, numa boca de sobejo,
que não é... bem, não é bem...
é consequência, mérito e pejo.
princípios em plumas pruridas,
Recordações, terras túmidas,
enleios, enleios, enleios...
Recôndito numa imensidão
de tudo e nada... e mais além.
Ora doce... argúcia refém,
Ora acre... juízo perdição.
Tudo, e tudo, e tudo... Alguém?
Verbo indefeso, ileso, teso...
Aqui, onde chove e cerzem,
Bocejos, numa boca de sobejo,
que não é... bem, não é bem...
é consequência, mérito e pejo.
Tardecências
Calo-me diante do trovão,
é tarde e não, não vou além.
Calo-me diante do amém,
e fico aquém da perdição.
É tarde, clamo à escuridão,
pueril saudação, um réquiem.
Recorto detalhe do além...
(é tarde, meu bem) é prisão.
Recalcitrâncias e martírio,
vozes d'uma alma, medo.
É tarde... dorme-segredo
É tarde... flui o lírio
da matilha qual rochedo
que brilha num delírio.
é tarde e não, não vou além.
Calo-me diante do amém,
e fico aquém da perdição.
É tarde, clamo à escuridão,
pueril saudação, um réquiem.
Recorto detalhe do além...
(é tarde, meu bem) é prisão.
Recalcitrâncias e martírio,
vozes d'uma alma, medo.
É tarde... dorme-segredo
É tarde... flui o lírio
da matilha qual rochedo
que brilha num delírio.
quarta-feira, 2 de maio de 2018
Amar
Desilusões e paixões ligeiras,
sonhos e pesadelos do cotidiano,
eternidade de verbo leviano,
fortunas voláteis e passageiras.
Ainda que engenhoso o plano,
haverão desventuras e solidão,
pois não vive só de amor o coração,
nem só de pão o ser humano.
A vida é um mar de sensação,
com languidas quedas e pesar,
é estrada turva para a perdição,
é castelo para tudo o que cativar,
por isso, independente da tentação,
não busque o amor, busque amar.
sonhos e pesadelos do cotidiano,
eternidade de verbo leviano,
fortunas voláteis e passageiras.
Ainda que engenhoso o plano,
haverão desventuras e solidão,
pois não vive só de amor o coração,
nem só de pão o ser humano.
A vida é um mar de sensação,
com languidas quedas e pesar,
é estrada turva para a perdição,
é castelo para tudo o que cativar,
por isso, independente da tentação,
não busque o amor, busque amar.
sábado, 28 de abril de 2018
Louco é o mundo
Às vezes, passo distraído
pelos castelos da imensidão,
Vejo o céu puro de ilusão,
vejo o universo escondido.
Cores a cair da constelação,
naves de areia e luz insular.
Becos de casca de ambâr,
música no sopro de um vulcão.
Vejo a realidade evaporar
naquilo que não se concebeu.
Vejo a violência brincar
e sorrir em seu apogeu.
Pareço louco nesse estar,
mas louco é o mundo, não eu.
pelos castelos da imensidão,
Vejo o céu puro de ilusão,
vejo o universo escondido.
Cores a cair da constelação,
naves de areia e luz insular.
Becos de casca de ambâr,
música no sopro de um vulcão.
Vejo a realidade evaporar
naquilo que não se concebeu.
Vejo a violência brincar
e sorrir em seu apogeu.
Pareço louco nesse estar,
mas louco é o mundo, não eu.
quarta-feira, 7 de março de 2018
Rabiscar
Sempre quis rabiscar o céu.
Com cor, aroma, sabor.
Apenas senti-lo decompor
em pétalas lúdicas ao léu.
Rabiscar o nada, e tudo além.
Colorir as frestas da criação,
brincar com a imberbe perfeição.
Apagar tudo, e todo amém.
Eu quis rabiscar as vidas,
e os primitivos conceitos.
Rabiscar até os defeitos,
e todas as abertas feridas.
Rabiscar todo momento,
até meu moinho de vento.
Com cor, aroma, sabor.
Apenas senti-lo decompor
em pétalas lúdicas ao léu.
Rabiscar o nada, e tudo além.
Colorir as frestas da criação,
brincar com a imberbe perfeição.
Apagar tudo, e todo amém.
Eu quis rabiscar as vidas,
e os primitivos conceitos.
Rabiscar até os defeitos,
e todas as abertas feridas.
Rabiscar todo momento,
até meu moinho de vento.
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