quarta-feira, 17 de março de 2010

Antecedentes

Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte?
— O que eu vejo é o beco.
[Manoel Bandeira]

Eu que já tanto disse, hoje, contudo, engulo minhas amargas palavras. Elas possuem o gosto do fel! Falo, mas tu não me ouve. Não me escreve. Não me lê. O que foi que eu fiz? O que foi que não fiz?

Não é como antes que não me ouvia, apenas para não se lembrar que minhas palavras não tinham importância alguma. Agora é tudo diferente, indiferente. Faço-me em rasgados verbos, mas nenhuma conjugação te impressiona. Nada te impulsiona, nada te agrada, nada!

O que foi que eu fiz?
Hoje sei. Quis conhecer-te, quando um alguém não mais quisera!

2 comentários:

  1. Se soubéssemos o que fazer para acertar, a vida não teria graça.

    ResponderExcluir
  2. A graça da vida não está no que acertamos ou erramos, mas no que jamais deixamos de tentar. Ganhar ou perder é consequência, jamais deixar de jogar o jogo é a alma da vida.

    ResponderExcluir