Era só olhar naqueles olhares, naquela imensidão de passagem. Era só olhar! Só olhar a vista tênue e simplória que corria os desníveis do mundo, que aliviava as sensações... Era só olhar, e ver o mundo... Aquele mundo cheio de grandeza e sutileza. Ouvir os olhares falando dos mares de arrebóis perdidos na imensidão da fraqueza. Da falta de fraqueza! Era só olhar! Ver que aqueles olhos viam muito mais que simples aromas sem cores. Ver as cores dos olhares a criar ranhuras na impoluta paisagem cinza. Era só olhar. Era olhar, e ver o todo num copo quebrado de nada e vento seco. Era o olhar. O olhar em que tudo se perdia, e em que tudo se encontrava. Era só olhar! Olhar e fenecer, sem perceber que jamais houve olhar mais brando e acre que aquele que soube vislumbrar a tristeza d'um horizonte pecaminozo e pesado. Era só olhar a se perder, e se deixar. a viver e deixar-se esquecer!
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Era só olhar...
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