Cortei meus cabelos
e continuei
sendo menos
eu do que jamais
fui!
Os cabelos, disseram-me,
crescem; e eu para onde
irei?
Já não posso ser
maior que este anseio
de cortar os cabelos;
Eu já não sei,
se cabelos, se corte!
Mudei os cabelos!
Mudei os tamanhos.
Mudei, apenas mudei!
nesta acabada mudança
se me estranho;
[mudo tudo,
e não muda nada.
Continuo
[o mesmo
inTacto de sempre!
[indiferente.
Cortei meus cabelos
para mudar
tudo o que era.
Os cabelos longos
se foram! Foram!
[e com eles
todos meus eus.
Hoje não tenho eu,
e os cabelos curtos
não representam
mais que uma imagem
[insólita
uma tela
deste eu que (NUNCA)
Fui!
Cortei os cabelos,
e aqueles cabelos
[hoje curtos
me encurtaram!
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Para mudar com mudanças.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Sentido!
As horas voam, e voam os pensamentos na exata amplitude daquela. E a única coisa que se ouve nessas ondas internas são meus desejos de sua voz. Penso-te, e procuro sua voz em cada som que ouço. Procuro suas palavras em cada sopro. Procuro-te em cada sol, e choro-te em cada lua. Convalesço com a noite que destoa de mim na mesma proporção que te clamo.
Sinto um aperto no peito;
Um desalento me consome;
As flores, o céu, as nuvens esparsas;
Tudo me lembra o teu nome.
Tudo me lembra as tuas falas.
Que sentimento é este que me corrompe à noite, e me faz desfalecer. Sentir-me embriagado de tal modo que nada há que possa me abater ou me alegrar. Por que me sinto tão fora de mim? Por que me sinto tão perto de ti? Já não vejo sentido nos sentidos; Minhas razões padeceram, quando teus olhos encontraram-se aos meus.