sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Eu, obsoleto!

Trago-me no crepúsculo onde fumaça é penitência de um eu sem mim. Sei já não o modo pela qual vivo; embora viver seja algo que o pensar não atribua ritmo, pois do contrário viveria mais que qualquer outro.

Sinto-me perdido, embora não me perca há muito tempo. Navejo entre sóis, mirras de fogo, anzóis [...] afogo! Queimo-me nos presságios que não tenho;

Ondas macilentas de confusão atravessam-me como uma tempestade e seus sopros violentíssimos e devastadores. Arrasto-me! Arrasto-me como se arrastam os micros! Arrasto-me por dentre ossos e almas caídas! Arrasto-me nos dias, arrasto-me nas vidas. Eu já não me sou útil, eu já não me sou meu.

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