sábado, 2 de agosto de 2008

Flogose VI

01 de agosto de 2008. (20:43) Já quase me acostumei ao som natural do blues. Ando e o ouço em passadas e nos barulhentos carros. Isso parece reconfortante, mas não o é na realidade. A cidade tem crescido e amontoado-se, e vê-se isso muito bem na música urbana de péssima qualidade que há por todos os cantos. Antigamente o problema de barulho deveria ser com procissões e as carroças que as acompanhavam. Imagine duzentas e cinquenta mil carroças passeando sobre as pedras... Agora podemos imaginar o inferno que é uma vida urbana, numa capital pequena. Isso me importunou o dia todo. Por isso quis falar. Sair de casa não é uma opção. Não sinto mais essa necessidade, senão nas madrugadas onde as ruas são abandonas e apenas os espiritos valentes ficam e os fantasmas da noite. Dizem que é na noite que tudo que há de ruim sai. Talvez seja mesmo, pois o dom que a noite tem de esconder e aguçar coisas é muito superior ao do dia. E eu que só queria ficar um pouco sozinho, andando pelas ruas sem som (de preferência na companhia da chuva) já não tenho isso. As maquinas dominam, com seus motores e suas baterias. Vou admirar o céu e as estrelas a calmaria que há neles me deixa igualmente calmo. (22:01) Impressionante como o céu as vezes cabe no olho gente. E como deixamos de pensar repentinamente quando isso acontece. As vezes fico olhando para o céu tentando lembrar das vezes em que estive em uma roda gigante. A roda gigante sempre foi meu brinquedo favorito, não sei bem porque mas era. Não havia muita diversão em ficar rodando numa velocidade baixa por alugns minutos. avia o vento que despenteava o cabelo. Ah! a roda gigante. Parece que a gente fica mais velho e esquece das coisas maravilhosas que fizemos no passado. E volto ao céu constante e negro na esperança de enxergar a roda gigante. As vezes quendo eu estava no apice da roda gigante eu abria os braços crente de eu poderia voar.

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