Eu tive que apagar
os versos que me
cercavam de verbos.
Eu tive que navegar
nas realidades que me
deixava aos soberbos.
Eu tive que ufanizar,
e, no lusco-fusco, me
contradizer aos lobos.
Eu tive que brutalizar
os conceitos internalizados,
e jogar-me aos bobos.
Eu tive que imaginar
a vida como fluência,
e fingir aos agoráfobos.
Eu tive que suprimir
a potência, a fim de
viver alguns arroubos.
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