Sempre quis rabiscar o céu.
Com cor, aroma, sabor.
Apenas senti-lo decompor
em pétalas lúdicas ao léu.
Rabiscar o nada, e tudo além.
Colorir as frestas da criação,
brincar com a imberbe perfeição.
Apagar tudo, e todo amém.
Eu quis rabiscar as vidas,
e os primitivos conceitos.
Rabiscar até os defeitos,
e todas as abertas feridas.
Rabiscar todo momento,
até meu moinho de vento.