terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Pecador

Pecado meu! Tara luxuriosa,
eis-me aqui, pecaminoso,
entre cada cão primoroso,
que não ladra, mas glosa.

Eis-me vulnerável à vara,
que cujas mãos não tremem,
só, em momentos, estendem
em subserviência à cara.

Pecados que me soçobram,
e deleitam aos juízes boçais,
são meus, e me adoçam...

me adoçam bem e demais,
pois livrar-me destes animais
requer pecados colossais.

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