sexta-feira, 22 de maio de 2009

Tentativa e erro...

A única verdade é aquela na qual queremos acreditar. Quando somos nutridos por elementos - não essenciais - de qualquer coisa a atmosfera torna-se tão densa e corruptível que não conseguimos compreender outros fatores que poderiam modificar as condições da então atmosfera.

Os fatos passados - também conhecido como experiências - normamente servem de base para anasilarmos os fatos presentes e futuros. Nossas experiências passadas realmente servem de base para as situações presentes e futuras?

Quem se deixa envolver totalmente pela experiência (fatos passados), peca. Quem não se envolve, também peca. Há sempre algo de novo nas coisas. Há sempre algum sofrimento há ser re-experimento.

Nem sempre as pessoas fazem o que dizem que estão a fazer. E essas pessoas acabam pagando pelos erros não cometidos, e isso parece fazer parte da vida atualmente... Ainda mais quando os fatos passados demonstram que erramos.

Somos compelidos a ser um alguém, às vezes, que não somos... apenas por não conseguirmos asseverar que não somos. No fim das contas, consertar as coisas é muito mais difícil do que esperávamos que fosse. Assim como é muito difícil indentificar pessoas, pois não compreendemos o que as levam a não serem o que são, ou a serem o que não são.

Temos, por fim, uma imagem soturna e complexa da qual não compreendemos, mas punimos de qualquer modo.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

I tell you i'm in danger.

De súbito ressuscitei de mim. Os olhos viram!

                 Sentiram...

                 Palpitaram!

Frente

ao caos estava a vista. Árvores postas em mosaico.

    Da pálida e sudorenta vidraça

                o sol propalava

                    segredos.

Correnteza de aço.

        Rio de pedra.

            Pedaço. Uma imagem no reflexo.

                    Quão desconexo.

    Prematura inundação. Custosas massas heterogêneas,

        arrastando-se, como vales lacrimais,

                    pela física.

De súbito adormeci.

    Calculei-me mal. Nunca fui eu! Nunca fui.

            O reflexo de árvore em agonia,

                era a única realidade.

                    Enquanto, os

forros brancos,

    cobriam o teto da mente, já sem

                    ilusão;

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Desabamentos, desmoranamentos e tédio...

As chuvas passam pela cidades, pelo mundo. É uma rotina. Sempre houveram chuvas, sempre! Os desmoranamentos e desabametos são consequências. As consequências, por sua vez, podem ser amenizadas, já que cabe ao ser humano se antecipar a tais ciclos naturais. A vida depende dessas "previsões" ( embora as previsões sejam um modo ingênuo de ver situações que irão acontecer, quer queiramos ou não! ). As coisas desmoranam, desabam... é um ciclo inevitável. Conquanto, seja tedioso imaginar que em algum lugar do tempo as coisas desmoranarão ou desabarão, é-nos impossível evitá-las. Tudo, um dia, há de desabar, pois as chuvas virão. Ver coisas desabadas e desmoranadas é um tédio, uma vez que demonstra nossa falta de controle sobre determinadas coisas. Será isso que nos torna tão humanos? Será a falta de controle que nos torna humanos ou somos humanos por não termos controle? Tédio. Vemos desmoronamentos e ouvimos-los, e a única coisa em que penso é que tudo poderia cessar. O mundo poderia se paralisar por alguns instantes para analisarmos a beleza que um desmoronamento causa à natureza humana. O tédio é não termos este tempo. Continuamos a ouvir as vozes que não cessam, e os desmoranamentos que não findam. Não sinto pesar pelos desmoronamentos e desabamentos, mas pelas voz que o relata.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Em algum lugar de lugar nenhum!

Estar num lugar e, ao mesmo tempo, estar em lugar nenhum não é uma sensação agradável. A mente, muitas vezes, nos leva para cantos onde não queremos estar. As ocasiões, as situações, as circunstâncias... O tempo, a vida... Estar e não estar. Ser e não ser! Todavia, temos de estar ali, por alguma razão. Devemos estar. Enfrentamos nossas vontades, e elas nos enfrentam. E apenas estamos, no fim das contas. Nos adequamos e não nos sentimos tão mal por estar, ainda que a permanência seja desagradável. Aceitamos as conjunturas, enquanto olhamos pela janela. E através dela vemos o que não queriamos ver, o que não queriamos sentir, ouvir, perceber... É tudo estranho. Começamos a pensar no que somos nesse contexto. O que representamos para todo o resto e, finalmente, se o resto importa alguma coisa. Sentimos que queremos voltar. Queremos o "status quo"! A vida como era... O mundo nosso, o nosso! Olhamos pela janela novamente e estamos em algum lugar de lugar nenhum, e compreendemos que as coisas não mudaram, de imediato, apenas pelo nosso querer. Compreendemos que temos que fazer coisas que não são da nossa vontade, já que, as vezes, nem a vontade é nossa. Somos pedaços de um universo em movimento, e o movimento somos nós. Não paramos, pois somos empurrados pelo tempo para algum lugar. E novamente, apenas estamos. Não importa onde, quando ou como... só estamos. Percebemos isso e a janela parece confortar de algum modo nosso estar, pois ela separa quem somos do que precisamos ser.